Área de Intervenção – AGROECOLOGIA uma forma de agricultura que cuida do meio ambiente.

 

Objetivo da Área – atender as famílias camponesas que produzem de forma agroecológica ou que está fazendo o processo de transição, que preservam os recursos hídricos e reconstituem o bioma da Amazônia rondoniense. Portanto, pretende através da formação com agricultores/as torná-los agentes multiplicadores destas práticas nos territórios. Visa ser uma bandeira política, em vista da soberania alimentar e econômica.

Indicadores – Proporcionar discussões e potencializar as práticas de agroecologia nas Unidades Produtivas, em vista da concretização da Política Pública de Agroecologia, por meio da Rede Terra Sem Males.

Estratégias – Fortalecimento da Rede Estadual de Agroecologia Terra Sem Males (RTSM) e parceiros;  Recuperação de nascentes: uma saída para a escassez de água na Amazônia; Incentiva a guardar  e cultivar a semente crioula – O IPER cultiva a prática da preservação e da troca de sementes, mudas nativas ou crioulas, pois, compreende o seu potencial genético, econômico e estratégico fundamental para a autonomia, a segurança e a soberania alimentar de todos os povos; A criação de abelhas (apicultura) é possível quando não utiliza venenos nos cultivos, além da geração da renda, é fundamental para o meio ambiente. As abelhas com a polinização contribui com a sobrevivência de muitas espécies de plantas e para o sustento de espécies (aves e mamíferos) que se alimentam de frutas e sementes; Incentiva a criação e manejo de animais de pequeno porte; Incentiva o beneficiamento da produção e da comercialização de alimentos sem agrotóxicos. Por fim, praticar a agroecologia não é apenas produzir alimentos limpos sem o uso de agrotóxicos. É cuidar da saúde de quem produz e consome os alimentos. É conservar os recursos naturais nas Unidades Produtivas. E ainda, conscientizar pessoas sobre a importância do cuidado com todas as formas de vida no planeta Terra. 

O projeto de desenvolvimento hegemônico no Brasil baseado no agronegócio e mineração têm gerado diversos impactos na Amazônia, provocado desigualdade social e de renda para maioria da população. Em Rondônia, ao passo que avança a implementação deste modelo, aumenta a concentração de terras por grandes latifúndios associado à expansão da pecuária de corte e da monocultura da soja, cana-de-açúcar, recentemente do eucalipto, aumenta o garimpo ilegal em terras indígenas, avança na construção de Usinas Hidrelétricas e de Pequenas Centrais Elétricas (PCHs) têm ocasionado “migração” tanto dentro do Estado quanto para outros estados na fronteira agrícola. Mas, principalmente, esse modelo de desenvolvimento gera impactos para famílias camponesas, quilombolas, indígenas que vivem de forma sustentável.

Neste contexto, estar na região amazônica nos exigem empenho organizacional e tecnológico, por isso, o Instituto Padre Ezequiel Ramin (IPER), através da área de agroecologia, vem realizando acompanhamento técnico e trabalhando com famílias da agricultura camponesa. As metodologias utilizadas para este trabalho são de realização da Formação Continuada em Agroecologia, seminários, oficinas e acompanhamento técnico e de grupos e associações de agricultores, além de parcerias com entidades que tenha o objetivo de contribuir com a permanência na terra.

O IPER, faz parte da Rede de Agroecologia que tem por denominação Terra Sem males sendo composta por grupos de agricultores, associações e entidades que tem por objetivo promover a articulação entre as entidades, movimentos e organismos populares e sociais, tendo como eixo a proposição, a prática e a expansão da agroecologia no Estado de Rondônia, em vista da consolidação de uma política pública agroecológica na biossistema Amazônico.

 

Área de Intervenção: SAÚDE INTEGRATIVA POPULAR COMUNITÁRIA

Objetivo da Área: Oportunizar a todos os meios de prevenção e cura de doenças com terapias e métodos naturais e defender a Saúde Pública de qualidade (SUS). Assim como, atua na formação de agentes multiplicadores  da saúde integrativa  desenvolvem ações (saúde humana, vegetal, animal e do solo) e se articulam com atores, movimentos sociais e organizações para fortalecer a transformação socioecológico.

Indicadores: Proporcionar discussões e potencializar as práticas de saúde integrativa popular comunitária. Atua para o resgate e valorização do saber popular, desde o cultivo das ervas ao modo de utiliza-las, nos espaços familiares e comunitários. Em vista da concretização da Política Pública de Saúde Integrativa.

Estratégias: Atuar em conjunto e na perspectiva de fortalecimento de movimentos sociais e organizações parceiras;   possibilita a certificação de agentes populares de saúde integrativa; forma agentes populares em saúde multiplicadores dos conhecimentos teórico e prático com métodos de cura holísticos e abordagens de terapia integral na área da saúde integrativa (saúde humana, vegetal, animal e mineral).

Atua no tratamento curativo e preventivo das doenças por meio da medicina alternativa, ressaltando as terapias holísticas, valorizando e resgatando o conhecimento popular. O processo se dá através da formação dos Agentes Multiplicadores de Saúde, que são pessoas das Comunidades, as quais se colocam a serviço e em defesa da vida numa profunda relação de troca. Os Agentes ensinam a comunidade o que aprendem e por sua vez, a comunidade contribui no processo de formação auxiliando, no resgate da sabedoria, especialmente no uso das plantas medicinais.

Desde o início das atividades, tem se dado um destaque especial a homeopatia Popular que é usada não só na cura das doenças, mas também como forma de organização, contribuindo no estabelecimento de novas relações do homem e da mulher com eles mesmos, com seus semelhantes e com a natureza. A área de Saúde Integrativa Popular Comunitária tem por finalidade formar agentes multiplicadores para que possam atuar no campo da saúde humana e também estejam aptos a utilizar a homeopatia como ferramenta na produção de alimentos saudáveis, no cuidado e tratamento de solo, água, plantas e animais.

 

Área de Intervenção: DIREITOS HUMANOS CRIANÇA E ADOLESCENTES

Objetivo da Área: Promover através da formação o protagonismo e a participação de crianças, adolescentes e jovens nos espaços de convivência para construção da cidadania e acompanhar a implantação de todo o Sistema de Garantia de Direito e fortalecendo os espaços democráticos de participação e controle social. Assim como, visa a formação em direitos humanos, ambientais e política públicas.

Indicadores: Formação, Assessoramento, Defesa e Garantia de Direitos Humanos; desenvolver debates em todos os espaços de formação do IPER sobre os direitos de criança e adolescentes; formar juventude sobre direitos humanos e ambientais, para que possa influenciar nas decisões político-sociais.

Estratégias: Planejamento das ações, estabelecendo metas, para garantir os direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens no âmbito da família, da sociedade e do Estado e acompanhar a implantação do Sistema de Garantia de Direito (Conselhos e Fórum DCA); Atuar em conjunto e na perspectiva de fortalecimento de organizações parceiras; fortalecer as ações em redes da juventude nas áreas de atuação do IPER. Na formação com crianças e adolescentes, as temáticas de cada curso estão sempre voltadas para a importância do desenvolvimento e da responsabilidade da pessoa. No acompanhamento de grupos de crianças e adolescentes, envolvendo famílias, priorizando a formação humana, ambiental e o protagonismo Infanto-juvenil.

 

Área de Intervenção: INCIDÊNCIA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E CONTROLE SOCIAL; COMUNICAÇÃO POPULAR E ALTERNATIVA

Objetivo da Área: Formar lideranças nos regionais de atuação do IPER para fortalecer a luta e resistência na Amazônia se tornam protagonista na defesa dos direitos humanos, ambientais e das políticas públicas no contexto amazônico rondoniense.

Indicadores:  Aprofundamento de conhecimento teórico e prático dos participantes nas Formações continuadas em Políticas Públicas e comunicação; atuação nos municípios, principalmente relacionadas aos temas da juventude (criança e adolescentes), saúde e agroecologia.

Estratégias: participantes atua nos espaços político, econômico e de controle social; se qualifica em direitos humanos, políticas públicas e ambientais utilizando da comunicação como instrumento e se articulam em redes.

Ciente da importância da participação da sociedade, não só na fiscalização, mas também na proposição de novas políticas públicas que atenda as camadas mais pobres da população, o IPER incorpora o tema nas áreas de atuação s, por meio das formações continuadas, cursos, seminários e oficinas, procurando entender o processo, que vai de sua formulação à avaliação e como as pessoas podem dele participar, seja para influir nas políticas já em vigor, seja para apresentar alternativas capazes de gerar mudanças estruturais no sistema político.

O trabalho junto aos grupos acompanhados se dá de forma interdisciplinar entre as áreas de saúde, agroecologia, direito de criança e adolescentes. Os grupos são apoiados a fim de poderem elaborar propostas e estratégias próprias, atuar de forma organizada e defender seus legítimos interesses junto ao poder público.