6º Congresso Brasileiro de Homeopatia Popular Comunitária: Um Evento de Impacto

O 6º Congresso Brasileiro de Homeopatia Popular Comunitária, realizado de 21 a 23 de novembro de 2024 em Marechal Cândido Rondon, consolidou-se como um marco no fortalecimento e na disseminação das práticas homeopáticas, alinhadas a questões ambientais e sociais. O evento reuniu sócios de diversos estados brasileiros da Associação Brasileira de Homeopatia Popular Comunitária (ABHP), seus parceiros, além de profissionais de diferentes áreas, terapeutas, pesquisadores e ativistas. Juntos, participaram de um enriquecedor intercâmbio de saberes e experiências, promovendo reflexões sobre a sustentabilidade e o uso da homeopatia na saúde humana, no Sistema Único de Saúde (SUS) e no meio ambiente.

A programação começou na quinta-feira, 21 de novembro, com a recepção dos participantes, seguida por apresentações culturais da cidade anfitriã e palestras relevantes. O evento contou com a presença de importantes figuras, como representantes da Itaipu Binacional e o professor Dr. José Renato Starling, que abordaram os impactos ambientais globais e as possibilidades da homeopatia na recuperação de solos e culturas.

O segundo dia, discutiu as políticas nacionais sobre mudanças climáticas. No congresso destacou a homeopatia como uma solução sustentável para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, a inserção de práticas homeopáticas em municípios, com apoio governamental, destaca a importância da institucionalização dessa solução, garantindo políticas concretas para produtores e comunidades rurais. De acordo com Aldo Paixão, “o evento contou com a participação de prefeitos, deputados estaduais e vereadores comprometidos com a causa. Em Rondônia e outros municípios, já estão sendo debatidas e aprovadas leis que integraram recursos de saúde no Sistema Único de Saúde e apoiam a agricultura agroecológica e familiar”, destacou.

As palestras ressaltaram a importância do cuidado integrado com o solo, as águas, as plantações, os animais e as pessoas como forma de proteger o planeta. A homeopatia mostrou-se uma alternativa eficaz para reduzir o uso de agrotóxicos, proteger o solo e diminuir a contaminação de águas e plantações. Além disso, especialistas apresentaram o uso da homeopatia em processos de desintoxicação de águas nas propriedades, destacando a importância do pH da água e possíveis soluções, como o uso de Sulfur CH-9, para melhorá-lo. O processo de dinamização e diluição dos medicamentos também foi abordado, com ênfase na melhoria do pH da água e na garantia da eficácia do tratamento.

O Instituto Padre Ezequiel Ramin e a Pastoral de Saúde participaram com 41 integrantes das turmas de iniciantes e praticantes de homeopatia popular comunitária. Durante o congresso, os participantes realizaram visitas a produtores locais na região de Marechal Cândido Rondon, observando a aplicabilidade da homeopatia em diferentes áreas, como hortaliças, frutíferas, grãos, plantas medicinais, milho, água, solo e animais. Esse intercâmbio de experiências foi enriquecedor, permitindo que os participantes compartilhassem práticas de Rondônia e Mato Grosso, ao mesmo tempo em que aprendiam com realidades locais.

O congresso também incluiu dinâmicas de grupos regionais, rodas de conversa e visitas a propriedades locais, criando um espaço valioso para a troca de experiências práticas. Durante essas atividades, os grupos discutiram tanto os avanços quanto os desafios enfrentados por agricultores que buscam alternativas mais sustentáveis e econômicas, como a homeopatia, na agricultura.

Aldo Paixão, coordenador da área de saúde integrativa do Instituto, compartilhou suas impressões sobre a experiência. Integrante do Grupo 2, Paixão refletiu sobre a implementação da homeopatia na agricultura, destacando como os agricultores, ao longo do tempo, superaram suas preocupações iniciais e incorporaram as práticas homeopáticas em suas rotinas.

O IPER recebeu o Prêmio Bento Moury

 

O Instituto Padre Ezequiel Ramin recebeu o prêmio Bento Moury, reconhecendo seu trabalho na disseminação da homeopatia popular comunitária. O prêmio foi dedicado a parceiros e colaboradores no decorrer destes anos de caminhada. Paixão destaca,
“O Instituto Padre Ezequiel Ramin recebeu o prêmio Bento Moury. O Bento Moury foi o primeiro a trazer a homeopatia para o Brasil. Esse prêmio é um prêmio oferecido aos grupos e organizações que realmente contribuem para que a homeopatia seja dinamizada, seja multiplicada. E o Instituto Padre Ezequiel Ramin, juntamente com a Pastoral da Diocese de Paraná e vários outros parceiros. Claro que antes a gente iniciou também essa parceria junto com o IPESP ali do Mato Grosso na pessoa do Passos e Edna e outros parceiros dali. E depois a Associação Brasileira Homeopatia Popular continuou sendo parceira nossa. Agora, por último, também a Escola Biocentrus, que também tem esse compromisso através de Alexandre e outros professores aí renomados. Esse prêmio a gente oferece também a todos esses parceiros que com certeza colaboraram para que o Instituto fosse reconhecido nesse momento. Mas realmente eu creio que a equipe do Instituto Padre Ezequiel Ramin, a coordenação da equipe técnica mais a diretoria do Instituto, com certeza está muito honrada com esse prêmio. E é um reconhecimento que a gente gostaria que fosse de conhecimento de todas as pessoas que têm colaborado, porque sem a participação de cada um seria impossível a gente ter esse reconhecimento nacional como a gente teve agora”. Destacou.

Para Aldo, este congresso representou um momento de fortalecimento, aprendizado e reconhecimento para o Instituto, reafirmando a homeopatia popular comunitária como uma prática essencial na adaptação às mudanças climáticas e na promoção de uma agricultura sustentável e inclusiva. Além disso, o evento destacou a importância da homeopatia como ferramenta-chave na busca por soluções integradas e sustentáveis para a saúde e o meio ambiente, deixando um legado de colaboração e aprendizado para todos os participantes.

O evento foi encerrado com a criação de uma carta de compromisso com as questões ambientais e conjunturais, além do agendamento de uma assembleia geral da ABHP, que traçará os próximos passos para o movimento da homeopatia popular comunitária até o 7º Congresso da ABHP.