Começou a Formação promovida pelo IPER em Saúde Integrativa Popular Comunitária que certifica e registra terapeutas homeopáticos em Ji-Paraná.

Aconteceu nos dias 16 (a noite), 17, 18 e 19 de março, o primeiro encontro da Formação Saúde Integrativa Popular Comunitária com as turmas de iniciantes e praticantes. A formação é promovida pelo Instituto Padre Ezequiel Ramin – IPER com a Diocese de Ji-Paraná, em especial, parceria com a Pastoral da Saúde, com a Associação Brasileira de Homeopatia Popular – ABHP e Escola Biocentrus. Com a participação de 135 pessoas de vários municípios de Rondônia, esteve presente também pessoas de Mato Grosso e Amazonas. Neste triênio (2022 a 2025), as aulas acontecem presencial no Centro Diocesano de Formação, no município de Ji-Paraná e haverá aulas de modo virtual para os iniciantes.

 

Nesta edição, o curso visa formar agentes populares em saúde, com conhecimento teórico e prático sobre homeopatia popular e outras terapias integrativas ampliadas, para promover a saúde de forma integral nos municípios atendidos pelo IPER e parceiros, bem como, a reciclagem e aperfeiçoamento dos agentes formados em cursos anteriores. Assim, tem como pretensão formar, certificar e registrar ao menos 50 novos agentes populares de saúde e 70 agentes que atuantes no estado de Rondônia.

O primeiro encontro contou com assessoria do Dr. Prof. Alexandre Mendonça, além das aulas, aconteceu diversos momentos marcantes como, a Mesa IPER com os parceiros, os momentos místicos, de oração e animação, a Missa pelo dia de São José, celebrada pelo Bispo Dom Norberto, e teve apresentações das experiências de saúde popular que estão sendo desenvolvidas no Estado de Rondônia. Após a realização de vários encontros virtuais que possibilitou a formação, certificação e registro de mais de 70 agentes de saúde popular no período da pandemia do Covid 19, este encontro presencial demonstra a riqueza troca de saberes e aprendizados.

Segundo o professor da Escola Biocentrus Alexandre Mendonça, que faz parte da diretoria Associação Brasileira de Homeopatia Popular e que contribui com a coordenação das formações saúde integrativa popular comunitária que se inicia em Rondônia, a formação, certificação e registro de agentes populares de saúde contribuirá para o fortalecimento das ações comunitárias. “A forma simples de trabalhar com homeopatia, faz com que seja possível qualquer pessoa conseguir trabalhar. Tendo noções e conhecimentos sobre higiene, e matrizes. Mas há casos em que a cura veio pelas condições que haviam no momento, como uma tentativa desesperada de fazer dar certo, mesmo não tendo todas as condições necessárias”, destaca.

Para o professor, a importância das formações se revela pelo caráter pioneiro dos agentes populares de saúde adquirir o registro de terapeuta homeopata ao concluir o curso e de retomar os trabalhos voluntários e as ações comunitárias de saúde popular no contexto atual, e por fim, fala da importância de defender o SUS. “Defender o SUS é uma necessidade, pois muitos países que não tem, as pessoas morrem por falta de dinheiro que proporcione um atendimento, mesmo em países de primeiro mundo”. Pontou.

As turmas são compostas por participantes politicamente atuantes nas questões sociais. O ato da mesa de abertura da Formação Saúde Integrativa Popular Comunitária contou com representantes das organizações populares, movimentos sociais e das pastorais parceiras do IPER. A saber, esteve presente Zonália – MST (Movimentos de Trabalhadores Rurais Sem Terra); Jeieli – MPA (Movimento de Pequenos Agricultores); Marli – CIMI (Conselho Indigenista Missionário); Alexandre Mendonça – ABHP (Associação Brasileira de Homeopatia Popular); Lucimar – Pastoral da Saúde e da Aids; Marines – CPT (Comissão Pastoral da Terra) e deixaram sua mensagem de saudações pelo início da formação.

Na oportunidade, o coordenador do IPER, Francisco (Chicão) de Assis, apresentou as áreas do instituto e destacou a importância das parcerias no desenvolvimento de ações nos territórios. “Com os parceiros é possível encarar os desafios nos territórios, fortalecer a agroecologia, os direitos humanos de criança e adolescentes, comunicação e políticas públicas. Os trabalhos em mutirões, as recuperações de nascentes, a integração de hortas comunitárias e ervas medicinais, todas as ações que fortalece o trabalho em conjunto, bem como, politicamente em defesa da saúde e do SUS, nas esferas regionais e municipal, entre outros temas que podemos realizar em parceria”. Pontou.

A participação do bispo de Ji-Paraná no encontro foi um momento de oração e reflexão. No sábado, todos acordaram bem cedinho e participou da missa pelo dia de São José. A missa aconteceu no dia 18, mesmo que o dia de São José é no dia 19, pois o quarto domingo da quaresma tem uma importância muito grande, e não podia ser esquecido, não podia passar sem ser realizada a celebração correspondente. Na missa, Dom Norberto falou sobre a importância de cuidar da casa comum, usando a agroecologia para produzir comida, de todos e todas cuidar, caminhar juntos, as dioceses, aos povos e as comunidades. Bem como, falou da importância de defender o SUS, “que é defender o direito democrático a saúde, onde todas as pessoas têm direito a saúde. Mesmo com todas as deficiências encontradas, a demora, ainda é melhor que a privatização”, declarou.

Para finalizar sua fala, Dom Norbert deixou um recado importante para os participantes. “Não estudamos para nós mesmos, e sim para partilhar, a partir do nosso conhecimento, ajudar outras pessoas que precisam, que estão sofrendo com a falta de saúde, ou com outros problemas. Concluiu sua fala convidando todas as pessoas presentes para a Romaria do Padre Ezequiel Ramin, que morreu jovem por sua luta em prol dos povos”. Finalizou.

Neste encontro, foram diversas pessoas que visitaram as turmas e deixaram seu recado, podemos descartar aqui, a presença da Diretora do Instituto Pe. Ezequiel Ramin – IPER, Margarete Porto e demais integrantes que compareceram na atividade. Para realização deste encontro, a equipe do instituto atuou de forma colaborativa e esteve todos presentes para recepcionar a todos os participantes da melhor forma possível. A formação Saúde Integrativa Comunitária Popular continuará até o segundo semestre de 2024 e as ações dos agentes seguiram fortalecendo os grupos acompanhados pelo IPER.