O Instituto Padre Ezequiel Ramin (IPER) realizou, nos dias 19 e 20 de abril de 2024, no Centro Diocesano de Formação (CDF), em Ji-Paraná, o III Encontro de Formação Continuada de Lideranças Juvenis. O evento coordenado pelo setor Criança e Adolescente, contou com a participação de mais de 80 adolescentes de várias instituições dos municípios de Ji-Paraná, Rolim de Moura, Cacoal, Pimenta Bueno e Alvorada D’Oeste, teve como objetivo conscientizá-los sobre a importância da preservação ambiental e incentivá-los a adotarem práticas mais sustentáveis em seu dia a dia.
Nesta edição, a atividade começou na parte da noite (19/04), com a palestra “Educação Ambiental – Cooperar para preservar” com assessoria de Dayane de Paula Teodorio. Ela que é membro da diretoria do instituto e trabalha como Analista de Desenvolvimento Cooperativo da Cooperativa de Crédito Sicoob Centro.
Durante a atividade, foram apresentados dados e informações sobre os principais desafios ambientais que o planeta enfrenta, fornecendo uma visão clara da urgência das questões ambientais. A palestrante enfatizou a importância crucial da educação ambiental como ferramenta essencial para promover uma consciência coletiva sobre a proteção do meio ambiente. Além disso, foram apresentadas dicas e sugestões práticas de como os jovens podem contribuir para a preservação ambiental, tanto em seu cotidiano quanto em suas comunidades. A palestra foi bastante participativa, com os educandos interagindo com a facilitadora fazendo perguntas e expondo de momentos práticos da realidade de seu cotidiano. Ao final do evento, os participantes receberam livro da Marina da Coleção Financinhas do Instituto Sicoob que fala sobre desenvolvimento sustentável.
No dia 20 (sábado), a formação teve como tema ‘Meio Ambiente e Cidadania Ambiental – Consumo Consciente e Sustentável e Saúde e Qualidade de Vida’. A colaboradora do Instituto, Flávia Bandeira, atuou como assessora do encontro. Com uma metodologia dinâmica e participativa, o encontro foi avaliado pelos adolescentes como uma experiência positiva e de aprendizado.
O diálogo inicial abordou a relação entre a Igreja Católica e o meio ambiente, destacando a visão de que o meio ambiente é a primeira morada dada por Deus, um bem a ser preservado e desfrutado de maneira sustentável. A assessora pontuou passagens bíblicas que legitimam a igreja como instituição responsável pela preservação e cuidados com a natureza.
Em seguida, foram apresentados elementos contemporâneos, incluindo a Carta Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum. A discussão também abordou o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia, o que permitiu apresentar o trabalho desenvolvido pelo IPER em Agroecologia e Saúde Integrativa como forma de resistência.
Flávia destacou os trabalhos que são realizados junto aos grupos acompanhados, que incluem sementes crioulas, mutirões de recuperação de nascentes, práticas de agroecologia e de saúde, e experiências de quintais agroecológicos.
Ela falou sobre as ações que são de responsabilidade de cada um de nós, resumidas em quatro palavras: ‘Recuperar, cuidar, transformar e criar’. Essas ações se aplicam a nascentes, solo, cultivos, florestas, água, animais, bem-estar, seres humanos, sementes crioulas, alimentos e ancestralidade. As perguntas provocaram um diálogo sobre por que recuperar, por que cuidar, para que cultivar, criar alternativas e deliberar responsabilidades a quem.
A formação é vista como uma ferramenta crucial para a compreensão, por parte de adolescentes e jovens, de que o Meio Ambiente e a Cidadania Ambiental visam um consumo consciente e sustentável, contribuindo para a Saúde e Qualidade de Vida. De acordo com a missão do IPER, a formação é proporcionada em defesa da vida e dos direitos humanos em todas as suas dimensões. O trabalho com adolescentes e jovens oferece orientação e cria momentos que fortalecem a jornada de vida.
Nesse contexto, a formação continuada de lideranças juvenis é proposta como uma maneira de permitir que os adolescentes e jovens exerçam seu protagonismo e cidadania, lutando pela garantia de seus direitos e autonomia social, além de acessar políticas públicas no contexto Amazônico.