Notícia

Entre os dias 7 e 10 de março, ocorreu o III encontro presencial da formação para as turmas de iniciantes e praticantes de saúde integrativa popular comunitária. O evento teve como foco o tema ‘Homeopatia na Agricultura’ e aconteceu no Centro Diocesano de Formação (CDF), em Ji-Paraná, e e contou com a assessoria do professor Valdeilson Almeida. O professor faz parte de um grupo de docentes da Escola Biocentrus e também trabalha no Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA), no Núcleo de Mal. C. Rondon, no estado do Paraná.

O objetivo dessa formação é certificar os agentes populares de saúde e formar agentes multiplicadores nos regionais de atuação do Instituto Pe. Ezequiel Ramin (IPER). Esses profissionais estarão aptos a atuar no campo da saúde humana e também a utilizar a homeopatia como ferramenta na produção de alimentos saudáveis, no cuidado e tratamento do solo, água, plantas e animais. Na agricultura, a homeopatia pode ser aplicada no controle de pragas e doenças, na defesa natural das plantas e, ainda, contribuir para melhorar a produtividade das culturas.

Durante o III encontro presencial da formação, o professor Valdeilson destacou: “A homeopatia é pela vida e não para morte.” Essa afirmação é relevante, pois alguns agricultores buscam esterilizar o ambiente e eliminar insetos considerados “pragas” usando a homeopatia. No entanto, devemos lembrar que os insetos também receberam o mesmo sopro de vida que nós, seres humanos. Portanto, por que deveríamos matá-los?

Durante as aulas, foram realizados exercícios para que os alunos compreendessem as dinâmicas de vida, ajudando-os a enxergar os insetos não como pragas, mas como pacientes. Em outro exercício, os participantes foram divididos em grupos e, utilizando o método de analogia, fizeram a repertorização das plantas e indicaram o medicamento homeopático apropriado. O desafio agora é que eles apliquem esse aprendizado quando retornarem para casa.

Durante as aulas, os participantes que já estavam familiarizados com os benefícios da homeopatia na agricultura destacaram diversos pontos: desintoxica e promove a saúde do solo, controla pragas e doenças, melhora a qualidade dos alimentos, aumenta a produção e regula-a, previne infecções, auxilia no controle de parasitas, estimula as defesas naturais, não deixa resíduos, age rapidamente e reduz os custos de produção, proporcionando maior independência ao agricultor.

Quando questionado sobre a turma, o professor explicou: “A energia da turma é bastante peculiar; são agentes de saúde, são agricultores que carregam uma mensagem de resistência muito forte. Durante as aulas, é possível ver pessoas deitadas no fundo da sala, mas ainda assim participando ativamente. Até mesmo mães com filhos no colo contribuem e questionam sobre como funciona a homeopatia nas plantas. Outro ponto a notar é que todos já possuem bastante experiência com a integração da homeopatia e da fitoterapia.” Enfatizou.

O próximo encontro está previsto para o mês de setembro deste ano.