IPER, realiza ações de recuperação de nascentes, em Espigão d’Oeste

O IPER, através da área de saúde e agroecologia, realizou quarta e quinta-feira (16 e 17) da semana passada ações de recuperação de nascentes no município de Espigão d´Oeste. Para implementar a placa, as famílias reuniram e escolheram o nome para identificação das nascentes e refletiram sobre a continuidade da ação.

O trabalho teve início em 2019 e através dos mutirões organizados pelo IPER, as famílias camponesas conseguiram recuperar as nascentes em três propriedades. Os mutirões corroboram com o planejamento produtivo em cada unidade familiar com famílias que optaram por produzir sem veneno e que estão se aperfeiçoando no aprendizado das técnicas agroecológicas e práticas da saúde integrativa.

O processo de recuperação das nascentes é uma experiência que implica com a organização da propriedade familiar, que prevê a definição do espaço para cultivo de plantas, hortas e frutíferas, e de área cercada para a criação de animais. As famílias que estão realizando esse trabalho, primeiro se conscientizam que é um investimento para usufruir a longo prazo, portanto, entendem que precisaram cercar a área onde fica o olho d´água, para quem cria gado e outros animais, precisará isola-los deste espaço. Outra tarefa, é a plantação de árvores ao redor e criação de barreiras para enxurradas não danificar as nascentes.

“Apesar de ser mais uma tarefa para os membros que compõe a família, a demanda de recuperação de nascente está cada vez mais recorrente nas pequenas propriedades devido a erosão causado pelo cultivo agrícola e criação de gado. Nos períodos de estiagem, principalmente, as famílias sofrem com a falta de água por que as nascentes estão danificadas e há a baixa da vazão dos lençóis freáticos que seca os poços”, explicou Ordenil Paixão, Orientador Educacional do IPER.

A implantação das placas em cada propriedade simboliza a continuidade neste processo de recuperação de nascente que exigirá a continuidade dos mutirões e do trabalho familiar para de fato ter soberania hídrica na unidade familiar e no âmbito comunitário. Desta vez, teve a implantação da placa na propriedade de Manegildo e Cremilda, que a identificou: ‘revitalizando a nascente e a floresta criando expectativa de vida’. E implantação da placa na propriedade de Leonel e Abimarina, Sítio Poxoréo, moradores do Assentamento 25 de julho no município que a identificou: Nascente “Jorrando vida”!

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