Multiplicadores em agroecologia e agentes da saúde integrativa popular comunitária de vários municípios do estado de Rondônia participaram da roda de conversa promovida pelo Instituto Padre Ezequiel Ramin – IPER que aconteceu neste final de semana, entre os dias 16 e 17 de julho, em Ji-Paraná. A roda de conversa foi sobre o tema práticas de saúde integrativa e agroecologia na Amazônia Rondoniense, contou com a assessoria de Érica Santos e dos membros da equipe do IPER. Esse encontro possibilitou a socialização de experiências desenvolvidas ao longo da formação de agroecologia e do curso de saúde pelos participantes de ambas formações.
A roda de conversa e sistematização teve como objetivo conversar sobre as experiências desenvolvidas pelos participantes no decorrer da formação da área de saúde e agroecologia, contribuir com a sistematização das experiências, assim como, socializá-las. Segundo Francisco Costa, coordenador do instituto, “a atividade colabora para construção de instrumentos de intervenção que serão utilizados pelos formandos de agroecologia e saúde na realização dos trabalhos/reuniões/formações de âmbito comunitário nos regionais de atuação do IPER no estado de Rondônia”, contou.
No sábado (16), os participantes puderam falar de suas experiências desenvolvidas e vivenciada no ambiente que mora, logo em seguida, com a divisão dos grupos, passaram escrever sobre as experiências.
“São diversas experiências exitosas e anônimas desenvolvidas pelos agentes multiplicadores da Saúde Integrativa Popular Comunitária, no cuidado com os animais, vegetais, com o solo e seres humanos, a sistematização colabora com o fortalecimento dos saberes populares e da legitimidade da saúde integrativa”. Pontou Ordenil Paixão, Orientador Educacional e coordenador da área saúde integrativa pelo IPER.
Ainda na oportunidade, Flávia Bandeira ressaltou a importância das atividades desenvolvidas pelos participantes da Formação Continuada em Agroecologia. Para ela, os resultados de cada experiência demonstra a potencialidade do incentivo e investimento de produzir sem veneno visando o cuidado com seres humanos e natureza “há experiências de peletização de sementes; o uso do pó de rocha; experiência com água de vidro; biofertilizantes; minhocário; cobertura de solo; policultivos; agroflorestas; práticas de manejo, entre outras práticas aprendidas com o mestre Sebastião Pinheiro e que foi posto em prática pelos participantes da formação”, contou.
Na programação da atividade, na noite do sábado, teve o momento de reflexão sobre a conjuntura política, econômica e social do país e do Estado, que contou com colaboração de Alex Possamai, advogado, militante do MST e membro do INTERJUS. Entre os elementos dialogados, observou o cenário das eleições 2022 e nas falas foram pontuados os desafios sobre a resistência e luta na Amazônia.