O IPER fortalece e deseja que se faça justiça ambiental na Amazônia com o desenvolvimento sustentável.

Dia Mundial do Meio Ambiente – 05 de junho 2023

Num contexto marcado pela degradação ambiental e do ecossistema na Amazônia pelo agronegócio, mineração e demais projeto do capital, hoje, 05 de junho de 2023, Dia Mundial do Meio Ambiente, celebramos as possíveis mudanças que estão acontecendo em decorrência das ações da sociedade civil organizada, dos ativistas políticos e ambientalistas.

As ações desenvolvidas pelo Instituto Pe. Ezequiel Ramin – IPER, colabora para que o projeto de desenvolvimento seja baseado nas práticas sustentáveis dos povos do campo, das águas e das florestas. Hoje, reafirmamos que estamos em total acordo com Chico Mendes, que diz, “os seringueiros, os índios, os ribeirinhos há mais de 100 anos ocupam a floresta. Nunca a ameaçaram. Quem a ameaça são os projetos agropecuários, os grandes madeireiros e as hidrelétricas com suas inundações criminosas.

Nos dois últimos governos, houve retrocessos na agenda socioambiental, o estímulo de conflitos e atendimento da agenda da banca ruralista. Os avanços conquistados pela sociedade em décadas defeitos com a desregulamentações favoráveis aos grandes proprietários de terras e para grandes empresas. Foi retirado a capacidade de controle social, a dinâmica de legislação e políticas públicas que serve para proteger o conjunto da sociedade, e implementou o vale tudo, cada um por si, e quem precisou do auxílio do Estado foram abandonados, por exemplo, povos indígenas yanomami. Ainda o sucateamento dos órgãos como IBAMA, FUNAI, CMBIO, IFAN, etc. está presente e faz parte da luta pela restauração destes espaços democrático, de poder com a participação da sociedade civil.

Nos municípios do Estado de Rondônia em que o instituto atua, as questões ambientais se fazem presente, queimadas, desmatamentos, índice alto de uso de agrotóxicos e contaminação de solo e humanos, o desaparecimento das nascentes, da biodiversidade, flora e fauna e sementes nativas crioulas, devido à criação extensiva de capim/gado, do avanço do agronegócio sobre o território do campesinato. Há conflitos agrários que colocam as famílias camponesas, assentadas, ribeirinhas, indígenas em situação de riscos, neste sentido, o IPER colabora a partir do fortalecimento das famílias camponesas multiplicadoras da agroecologia.

Hoje, vale a pena lembrar que a agenda socioambiental está em pauta para o bem do conjunto da sociedade brasileira e do mundo. Há como compromisso nas ações do instituto, incentivo e fortalecimento dos trabalhos comunitários que visam ser de resistência, defesa de direitos e luta dos povos na Amazônia. Com a promoção da agroecologia, da saúde integrativa popular comunitária, através da recuperação de nascentes, incentivo à apicultura, fortalecimentos dos bancos de sementes nativas e crioulas e envolvimento da nova geração para o cuidado da casa comum. Além de alfabetização ecológica, nas ações busca a garantia da soberania alimentar e preservação do meio ambiente no Bioma Amazônico Rondoniense.